Thursday, February 23, 2006

Fingidor

Ouvi dizer que, “o Poeta é um fingidor”
Fala da dor,
Quando quer amor,
Fala de amor,
Quando sente a dor.
Se o Leitor acredita que isto é ser poeta,
Peço desculpa mas ele é um pateta,
Só porque o que lê
É uma frase bonita e correcta,
O Leitor aceita-a como certa.
Mas na verdade,
O Poeta não finge,
O Poeta impinge,
As suas frases, os seus textos, e até as suas ideias.
E o Leitor, esse pateta, acredita,
E deixa-se levar pelas teias do Poeta.
Que tão bem finge e tanto impinge,
Que até as mentes mais sãs ele atinge.
Com as suas falinhas mansas,
Conquista todas as danças,
E quem o lê, nunca se cansa.
Assim eu posso dizer que o Poeta não finge,
Ele impinge.
Tanto impinge, e tanto finge,
Que consegue sempre o que quer,
Conquistar uma linda mulher,
E fazer dela o que bem quiser.

Nuno Geraldes Barba©

(Registo IGAC #786/06)

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

"Conquistar uma linda mulher,
E fazer dela o que bem quiser."?!não é bem assim meu querido nuno...

12:54 PM  
Anonymous Anonymous said...

"Conquistar uma linda mulher,
E fazer dela o que bem quiser."?!não é bem assim meu querido nuno...

12:57 PM  
Blogger ernesto said...

e se o poeta escapar pela ponta da pena para o papel e se deixar na leitura de cada um como se entregou? não será mais um carpinteiro mas sim um escultor.

11:28 AM  

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