O que são os textos, a poesia, o que isto que voçês estão a ler? Não é o que pensam! Não é um texto, ou um poema. Não. Isto é apenas aquilo a que foi dado o nome de texto; porque se olharmos com atenção, veremos que lá no fundo, tudo isto não passa de um enorme número de letras amontoadas numa simples folha branca. Um monte de letras sem nexo e que nada querem dizer, a ser que uma pessoa escreve sem saber porquê, e que outra lê com ainda menos consciencia do que se passa.
Espanta-me que nunca ninguém tenha feito esta pergunta. Está certo que na literatura existem trabalhos de uma beleza indiscutivel, e que sem duvida, ainda mais trabalho dão ao leitor, que tem de entender o que lê, do que ao escritor, que pensa, que sabe o que faz, mas muito pelo contrário não tem ideia do que se está a passar. Ele absorve-se na sua ideia, e durante horas, por ali fica a pensar e a rabiscar sobre algo que não merece o tempo que se perde com isso. Este texto(?) por exemplo, tira-me horas de sono, só porque quando me preparava para dormir me fiz esta pergunta. E aqui estou eu; descontrolado, perdido, sem saber o que faço, mas com a consciencia de que o que escrevo está bom e faz o perfeito sentido.
Mas é mentira! E o leitor sabe-o, mas não deixa de ler porque quer ver no que é que este trabalho vai dar; e não se interessa pelo tempo que isso lhe pode tirar. A curiosidade é um dos maiores pecados, e isso é o que move a causa do leitor. O que o leva a cansar olhos e corpo só para saber o fim de algo que não passa de um monte de letras numa folha branca, e que muito provavelmente não tem fim. Se eu disseste que estes rabiscos não acabam, continuavam a ler? Pelos vistos sim, se não já não estavam ai, e não tinham chegado aqui. Pois é; como vêm, a curiosidade domina a vontade. E as letras continuam, mas o fim não chega. Hahahah! Por esta altura já estão a pensar “Quando chegar o próximo ponto paro de ler e arrumo este texto.” Mas ainda estão aqui, talvez sem razão, mas estas linhas também estão aqui sem intenção, e nada continua a mover o leitor visto que já está aqui. E mais um ponto foi passado, e o resultado do texto não está nem perto de ser desvendado. Isto tudo claro, porque o autor, meteu na cabeça que havia de escrever até cansar, fazer ler até chorar, e principalmente, deu-lhe uma subita vontade de chatear quem quer que leia este texto.
Ainda ai estão... Então parabéns pois ao fim conseguiram chegar e nem se deram conta da partida que acaba dos vitimizar, porque o fim do texto acaba de chegar, e a conclusão fica por desvendar.
Hehehehe! Mesmo assim continuam a fazer perguntas para vós mesmos, “onde é que isto vai parar? Será que não chega a acabar??” Nunca se sabe. Mas desta vez, como já estou farto, vou finalizar dizendo somente que como podem observar, eu tinha razão, e este texto não faz sentido, e as letras amontoadas nesta página branca apenas formam frases soltas que fazem o leitor continuar, e ter de acabr se não fica chateado com ele próprio, e se se chegar ao fim, ainda se vai perguntar, “Porque é que eu li isto?”
A resposta é simples; queria chegar a uma simples conclusão, e para isso deu uma volta enorme e sem nexo, que para nada serviu, se não chegar a esta última frase que diz o que muita gente já sabe, mas o que infelizmente, tão pouca gente acredita; que os textos não passam de um número infinito de pequenos traços que formam as letras amontoadas numa enorme árvore, morta, prensada, e trabalhada no âmbito de dar uma folha de papel, para alguém escrever algo como isto, sem nexo ou objectivo, e depois ir dormir sem pensar mais no texto, e esquecer completamente que algum dia o escreveu.
Por estas e por outras, os textos não passam de um enorme aglomerado de letras, umas em cima das outras, sem qualquer sentido ou objectivo.
Agora que aqui chegou, pode pousar o texto ou o que lhe quiser chamar, uma vez que já chegou ao fim, e meditar sobre o que acabou de ler. Se depois lhe der uma vontade súbita de rabiscar ou escrever seja o que for, faça-o, isso ajuda a descontrair.
Os textos não passam de um enorme número de letras amontoadas numa folha de papel. Farão sentido ou não! Tive sentido também.... Ou não...?
Nuno Geraldes Barba©
(Registo IGAC # 786/06)