Wednesday, September 27, 2006

Pensamentos Cinzentos

Sentado na varanda vejo a chuva a cair.
Quero ir ter contigo, mas não posso sair.
Não é a chuva que me impede,
Nem o frio que me proibe.
Não.
É outra coisa.
Fico em casa, estático,
Sentado na varanda a ver a chuva a cair.
Fico em casa, estático,
Com medo de ser rejeitado,
Com medo de sofrer, com medo de me magoar.
Fico sentado na varanda a ver a chuva a cair.
Preso, com medo de sair.

Costumava fazer isso contigo.
Embrulhados num cobretor,
Com uma boa dose de chocolate quente,
Não havia frio que nos impedisse de sair.
Sentados, abraçados, no escuro, a ouvir.
O silêncio da noite, e claro, a chuva a cair.
Porque é que a chuva nos faz pensar?


Nuno Geraldes Barba©
(Registo IGAC #786/06)

Sunday, September 24, 2006

Oração

Agradeço a Deus, pelo amigo que me deu.
Agradeço a Deus, ter-te encontrado.
Agradeço a Deus ter-te conhecido!
Agradeço a Deus ter-nos cruzado.
E agradeço a Deus por tudo,
E por nada....
Agradeço a Deus por Ele,
Por ti, e por mim.
E peço-lhe que me guie
Noite e Dia,
Que me leve a bons portos
Que me ajude na vida
Que me tire dos becos sem saida.
Agradeço a Deus por me dar saúde
Agradeço a Deus por tomar conta de mim.
Agradeço a Deus por me proteger,
Mas acima de tudo,
Agradeço a Deus por todos os amigos que Ele me deu.
Amen.

Nuno Geraldes Barba©
(Registo IGAC #786/06)

Saturday, September 23, 2006

Folha em Branco

Olho para uma folha em branco e penso
Não sei o que escrever.
Gostava de te mostrar como te amo,
Ver-te fazer ver que já não tenho nada a perder.

Comecei a escrever
Escrever um poema
Para ajudar a esquecer...
Tantas coisas por dizer
Tantas coisas por viver
Tantas coisas por fazer
Sei lá...
Quem me dera ter a coragem de te mostrar...

Tenho medo do que pensas,
E no entanto não me acanho
Continuo nas minhas andanças,
Continuo nas minhas asneiras,
Sempre com medo,
Com muito medo do que pensas.

Já estraguei tudo
Nada mais tenho
Deitei tudo a perder...
E no entanto continua a doer

Olho para uma folha em branco e penso....
Será que penso mesmo?!
Ou será que me limito a sonhar?
Me limito a divagar.
Já sem nada esperar....

Nuno Geraldes Barba©

(Registo IGAC #786/06)

Friday, September 22, 2006

Mundo do Faz de Conta

Podemos fechar os olhos e imaginar.
Podemos fazer de conta! O que é que achas?
Já falta tão pouco!

Não é a distância, que nos vai separar ou parar. Ou é? O facto de estares deitada sozinha na tua cama, e eu sozinho na minha… Será só isso que nos vai deitar a baixo?

Podemos fazer de conta….

Lembro-me de ti tão bem. Do teu cheiro. Do teu toque. Lembro-me de tudo! É impressionante.

Imagina! Imagina comigo. Não consigo sozinho! Preciso de ti comigo. Preciso que imagines também!

Já estás? Já consegues ver?

Estamos juntos agora. Tocamo-nos. Está sol e calor. Vês? Consegues ver?
Eu vejo. Vejo tudo tão bem! É impressionante.

Já estás aqui comigo. Estás sempre aqui comigo. Basta-me que feche os olhos e começo logo a ver-te. Esteja onde estiver. Esteja com quem estiver. Acho que as saudades têm dessas coisas….

Não sei. Nunca ouvi nada desse género. Acho que não tenho opinião sobre isso. Mas sim, já vejo. Já consigo imaginar.

Gosto deste sítio. É bonito. Obrigado por me teres trazido aqui. Mesmo que seja só na nossa imaginação.

De certeza? Eu não te vejo. Onde estás? Perdi-te? Perdeste-me?
Imagina! Imagina com mais força! Por favor. Falta tão pouco….

Estou quase a desistir. Tenho cada vez menos força e estou tão cansado!
Tu não queres imaginar. Se quisesses podias. É tão fácil imaginar. Que pena que não consigas. Mas ao menos tentaste. É melhor do que nada.

Eu só queria fechar os olhos e imaginar. Parece tão fácil. Tenho sono mas não quero dormir. Porque é que não quiseste imaginar?! Sozinho é tão mais difícil.

Podemos fechar os olhos e imaginar. O que é que pode acontecer?
Podemos fazer de conta. Afinal, no Mundo do Faz de Conta, tudo vale. Até imaginar as coisas mais tontas. O que é que achas? Já falta tão pouco.

Arrisca… Imagina. Imagina comigo!
Nuno Geraldes Barba©
(Registo IGAC #786/06)

Thursday, September 21, 2006

Acreditas em Princesas?!

Este texto foi escrito pela Vera, e de certa maneira vi-me obrigado a por aqui um link para que todos os que aqui passem o possam ler. É sem duvida uma das melhores coisas que já tenho lido, e as minhas opiniões estão expressas nos comments a este texto. Espero que todos gostem, e resumindo mais ou menos o que diz, digo eu apenas que,

Está tudo dito! Parabéns Vera!!

http://passoemfrente.blogspot.com/2006/09/vem-fazer-parte-do-meu-mundo-vem_08.html

Wednesday, September 20, 2006

Lullabye

Oh child rest in peace
Fear not the night
For everyday I’ll be by your side.

Oh child rest assured
To help you sleep
Every night your hand I will hold.

When you’re scared
Or feeling sad
When you’re happy
Or when you’re mad.

By your side is where I’ll be
To hold you, and protect you
To listen or reassure you.

Rest in peace my child
Close your eyes and listen
As the night arrives
Fear not the dark
For I am here.
Fear not the night
Because to me
You can hold on tight

Nuno Geraldes Barba©
(Registo IGAC #786/06)

Medo do Escuro

Abandonei-me em ti
Sempre tive medo da solidão
E no entanto deixei-me levar
Desde o dia em que te vi.

Abandonei-me em ti e tu aceitaste.
Recebeste-me
Acolheste-me
Abandonaste-me!

Encontrei-te na solidão que tanto temia
Abandonado em mim
Deixado ao sabor do dia
Salvaste-me de mim.

Abandonei-me em ti
E provei-te.
Amei-te,
E perdi-te.

Senti-me completo.
Senti-me guiado.
Senti-me traído.
Senti-me devastado.

Abandonei-me em ti,
Sem medo nem receio.
Provei-te o meu amor
Ao abandonar-me assim.

Abandonei-me em ti.
Na tentativa de não me sentir abandonado
Na tentativa de não me sentir perdido
Na tentativa de ser encontrado.

Abandonei-me em ti
Desde o dia em que te vi.

Nuno Geraldes Barba©

(Registo IGAC #786/06)

De Volta

Queridos e carissimos leitores assiduos (ou não) deste humilde espaço;
Ao que parece voltámos ao activo. O Setembro já vai a meio. As casas de praia começam a ficar vazias. Os meses de calor começam a deixar saudade. Aos poucos os destinos perferidos de todos nós vão ficando mais vazios, mais desertos, e cada vez mais apeteciveis. É sempre assim no fim do Verão. Dão as saudades do tempo que passou, e tipicamente dos portugueses, dão as saudades do tempo que ainda nem se quer chegou. É assim o nosso povo. Consegue até ter saudades do futuro.
Mas porquê toda esta conversa para não dizer nada de especial?
Bom, antes do mais queria agradecer a uma mão meia cheia de pessoas que por aqui passaram durante este Verão. A verdade é que não esperava ter comentários durante as férias, e no entanto, qual não é o meu espanto quando de ora em vez, me aparece um ou outro. Obrigado meus queridos leitores.
Assim, e sem mais demoras vou voltar ao activo com um post já hoje para além deste.
É um trabalho semi novo. Data do longiquo mês de Fevereiro, e confesso que foi uma das últimas coisas que escrevi no meu caderno de apontamentos da faculdade.
Mas vamos a isso então!
Mais uma vez obrigado a todos e fico à espera de comentários, criticas, sugestões, partilhas, histórias e tudo o que quiserem por aqui deixar.
Obrigado e um grande bem haja a todos.
Fiquem em paz!
Nuno