Monday, February 27, 2006

Novo Dia

Sonhamos com um novo dia
Quando um novo dia não vem.
Pensamos que vivemos em agonia
Mas na realidade amamos alguém.

Momentos de tristeza,
Momentos de alegria,
Sentimentos de desespero,
E o novo dia não vem.

Entao esperamos.
Sonhamos,
Acalmamos.

Finalmente aparece alguém que amamos
Mas infelizmente nada fazemos.
Só conversamos,
E depois nos separamos,
Nos despedimos,
E dizemos, “Até um dia.”

Sem nunca exprimir o que sentimos,
Sonhamos por um novo dia
Quando um novo dia não vem.

E esperamos.
Sem nunca realizar,
Que para além de não bastar,
De não chegar,
O amanhã é sempre tarde de mais,
E já alguma coisa se passou,
Que vai mudar o que alguém nunca contou.

Nuno Geraldes Barba©

(Registo IGAC # 786/06)

Thursday, February 23, 2006

Fingidor

Ouvi dizer que, “o Poeta é um fingidor”
Fala da dor,
Quando quer amor,
Fala de amor,
Quando sente a dor.
Se o Leitor acredita que isto é ser poeta,
Peço desculpa mas ele é um pateta,
Só porque o que lê
É uma frase bonita e correcta,
O Leitor aceita-a como certa.
Mas na verdade,
O Poeta não finge,
O Poeta impinge,
As suas frases, os seus textos, e até as suas ideias.
E o Leitor, esse pateta, acredita,
E deixa-se levar pelas teias do Poeta.
Que tão bem finge e tanto impinge,
Que até as mentes mais sãs ele atinge.
Com as suas falinhas mansas,
Conquista todas as danças,
E quem o lê, nunca se cansa.
Assim eu posso dizer que o Poeta não finge,
Ele impinge.
Tanto impinge, e tanto finge,
Que consegue sempre o que quer,
Conquistar uma linda mulher,
E fazer dela o que bem quiser.

Nuno Geraldes Barba©

(Registo IGAC #786/06)

Tuesday, February 21, 2006

Teatro do Corpo Humano

Podia dizer-te que te amo. Mas não.
Prefiro fazer subir o pano
Dessa peça que é o corpo Humano.
Quero senti-lo, explorá-lo,
Vê-lo vibrar,
Vê-lo mudar.
Podia ajudar-te a sonhar,
Contigo caminhar,
Fazer essa estrada
Que não se compara com nada;
A estrada do amor,
E o caminho de uma pessoa que quer ser amada,
Explorada, acariciada.
Por outra que vive e que sente,
Como um vulcão dormente,
E na altura exacta, assim de repente,
Se revela e explode.
Torna-se transparente
E finalmente sente
O amor presente.
E assim desce o pano,
Dessa peça que é o corpo Humano,
E ficas a imaginar como te amo,
(como o meu amor nunca esteve ausente)

Nuno Geraldes Barba©

(Registo IGAC# 786/06)

Monday, February 20, 2006

Dreams

I’m having a strange feeling
I hope that I’m dreaming
My heart is aching
But I feel no pain
In my head I’m thinking:
“She’s twisting My brain!!!”
So much to say,
So much to do,
Not enough time
I hope that I’m dreaming.
I’m experimenting a strange feeling….
Is this love?
Or is this love sickness?
This is not love;
This is my weakness
A strange feeling
Like if I were dreaming
And my heart keeps aching
But the pain, the pain still doesn’t come!!!!
I want it to come!!!
Find out if I’m the one.
End this feeling,
Find out that I’m not dreaming,
Watch my baby sleeping,
And again, experiment a strange feeling.


Nuno Geraldes Barba©

(Registo IGAC #786/06)

Sunday, February 19, 2006

Being Alone

When you are alone
Your heart becomes cold as a stone
You don’t want to risk
You close inside a dome.
I want to keep you company
I want to keep you warm.
Be part of your Destiny
Make you high when you are calm
Soothe your pain,
Be alive in your memory
Like as if we were meant to be.
Now tell me,
Do you really want to be alone?

Nuno Geraldes Barba©

(Registo IGAC # 786/06)

Friday, February 17, 2006

Amontoado de Palavras

O que são os textos, a poesia, o que isto que voçês estão a ler? Não é o que pensam! Não é um texto, ou um poema. Não. Isto é apenas aquilo a que foi dado o nome de texto; porque se olharmos com atenção, veremos que lá no fundo, tudo isto não passa de um enorme número de letras amontoadas numa simples folha branca. Um monte de letras sem nexo e que nada querem dizer, a ser que uma pessoa escreve sem saber porquê, e que outra lê com ainda menos consciencia do que se passa.
Espanta-me que nunca ninguém tenha feito esta pergunta. Está certo que na literatura existem trabalhos de uma beleza indiscutivel, e que sem duvida, ainda mais trabalho dão ao leitor, que tem de entender o que lê, do que ao escritor, que pensa, que sabe o que faz, mas muito pelo contrário não tem ideia do que se está a passar. Ele absorve-se na sua ideia, e durante horas, por ali fica a pensar e a rabiscar sobre algo que não merece o tempo que se perde com isso. Este texto(?) por exemplo, tira-me horas de sono, só porque quando me preparava para dormir me fiz esta pergunta. E aqui estou eu; descontrolado, perdido, sem saber o que faço, mas com a consciencia de que o que escrevo está bom e faz o perfeito sentido.
Mas é mentira! E o leitor sabe-o, mas não deixa de ler porque quer ver no que é que este trabalho vai dar; e não se interessa pelo tempo que isso lhe pode tirar. A curiosidade é um dos maiores pecados, e isso é o que move a causa do leitor. O que o leva a cansar olhos e corpo só para saber o fim de algo que não passa de um monte de letras numa folha branca, e que muito provavelmente não tem fim. Se eu disseste que estes rabiscos não acabam, continuavam a ler? Pelos vistos sim, se não já não estavam ai, e não tinham chegado aqui. Pois é; como vêm, a curiosidade domina a vontade. E as letras continuam, mas o fim não chega. Hahahah! Por esta altura já estão a pensar “Quando chegar o próximo ponto paro de ler e arrumo este texto.” Mas ainda estão aqui, talvez sem razão, mas estas linhas também estão aqui sem intenção, e nada continua a mover o leitor visto que já está aqui. E mais um ponto foi passado, e o resultado do texto não está nem perto de ser desvendado. Isto tudo claro, porque o autor, meteu na cabeça que havia de escrever até cansar, fazer ler até chorar, e principalmente, deu-lhe uma subita vontade de chatear quem quer que leia este texto.
Ainda ai estão... Então parabéns pois ao fim conseguiram chegar e nem se deram conta da partida que acaba dos vitimizar, porque o fim do texto acaba de chegar, e a conclusão fica por desvendar.
Hehehehe! Mesmo assim continuam a fazer perguntas para vós mesmos, “onde é que isto vai parar? Será que não chega a acabar??” Nunca se sabe. Mas desta vez, como já estou farto, vou finalizar dizendo somente que como podem observar, eu tinha razão, e este texto não faz sentido, e as letras amontoadas nesta página branca apenas formam frases soltas que fazem o leitor continuar, e ter de acabr se não fica chateado com ele próprio, e se se chegar ao fim, ainda se vai perguntar, “Porque é que eu li isto?”
A resposta é simples; queria chegar a uma simples conclusão, e para isso deu uma volta enorme e sem nexo, que para nada serviu, se não chegar a esta última frase que diz o que muita gente já sabe, mas o que infelizmente, tão pouca gente acredita; que os textos não passam de um número infinito de pequenos traços que formam as letras amontoadas numa enorme árvore, morta, prensada, e trabalhada no âmbito de dar uma folha de papel, para alguém escrever algo como isto, sem nexo ou objectivo, e depois ir dormir sem pensar mais no texto, e esquecer completamente que algum dia o escreveu.
Por estas e por outras, os textos não passam de um enorme aglomerado de letras, umas em cima das outras, sem qualquer sentido ou objectivo.
Agora que aqui chegou, pode pousar o texto ou o que lhe quiser chamar, uma vez que já chegou ao fim, e meditar sobre o que acabou de ler. Se depois lhe der uma vontade súbita de rabiscar ou escrever seja o que for, faça-o, isso ajuda a descontrair.
Os textos não passam de um enorme número de letras amontoadas numa folha de papel. Farão sentido ou não! Tive sentido também.... Ou não...?

Nuno Geraldes Barba©
(Registo IGAC # 786/06)

Thursday, February 16, 2006

Meus carissimos leitores...
Devo-vos um grande pedido de desculpas. Este blog foi criado no intuito de dar a conhçer a quem estiver interessado, um pouco do que se escreve por esse Mundo fora, em Português, claro, mas com algumas contribuições em Inglês, todos os textos que aqui apareceram são de minha inteira autoria, e não receio muito o plágio.
No entanto, receio o roubo de ideias, e é por isso mesmo que antes de começar a postar seja o que for quero registar tudo o que aqui aparecerá. Claro que estas pequenas notas não são registadas, nem muito menos interessam, mas o resto.... Ah, o resto... Desde de 1999.... Ao todo dá um total de 54 textos pequenos, uns maiores, outros mais curtos, e numa prevalencia de poemas que traduzem muitos sentimentos que vivemos dia a dia e não deitamos cá para fora. Esta é a minha maneira de os deitar cá para fora, e assim que tiver tudo registado (hoje se tudo correr bem), posto já o primeiro, "Amontoado de Palavras".
Sem, mais peço mais uma vez as mais profundas desculpas pela demora inperdoavel, e agradeço desde já os primeiros comments! Espero que ao longo das minhas publicações venham mais, e acreditem que as criticas construtivas são muito, muito bem vindas.
Obrigado pelo apoio!

Tuesday, February 14, 2006

Se não vejamos....
Ao que parece a moda dos blogs está mesmo a pegar, e acho que pelos vistos, comigo não foi diferente. Desde ceo que escrevo pequenos textos, histórias, poemas, e de uma maneira geral tudo o que me vem à cabeça.
Em tempos sonhei publicar um livro... No entanto, depressa fui percebendo que a vida não está fácil para ninguém, e que acima de tudo, publicar um livro não é tão fácil como me fizeram acreditar. Nem num mísero jornal consegui que publicassem algo meu.
Assim sendo, aprovei-te este espaço criado já há algum tempo para publicar o que há muito devia ter saido das minhas gavetas, e mostrá-lo publicamente.
Aqui fica um Amontoado de Palavras, uma vez que nada mais se verá aqui se não isso mesmo. Palavras, umas atrás das outras, fazendo às vezes sentido, outras não. Uma antologia de textos escritos por mim desde 1999 até aos dias de hoje.
Espero que goste, e claro que os comentários são sempre bem vindos.
Vamos a isso....